Foco na profissionalização e geração de renda para pessoas atendidas pelo CRAS
O curso de formação de costureiros, oferecido pela Secretaria de Assistência Social de Caldas, em parceria com a empresa Nilknarf, tem duração de um ano. Todas as aulas do curso são práticas. Após o quinto mês, os alunos já têm condições de produzir peças dentro de padrões profissionais e passam a receber pelo trabalho.
Os costureiros recebem as peças já cortadas e são pagos pelo valor do trabalho que realizam em cada peça.
O curso é subsidiado pela prefeitura de Caldas, que oferece infraestrutura e insumos para a prática até que os alunos estejam prontos para costurar profissionalmente.
Frankling Luis, inspetor de qualidade, é proprietário e também instrutor da Nilknarf. Ele já implantou núcleos de costureiros em várias cidades da região como Caconde, Monte Belo, Bandeira do Sul, Jacuí, Machado, São Sebastião do Paraíso, entre outras. Ele explica que as oficinas qualificam os alunos e ainda há a possibilidade de continuarem prestando serviço já nos primeiros meses. À medida que as pessoas vão ganhando mais prática, elas conseguem produzir mais em menos tempo. Mas é possível ganham um bom dinheiro costurando, mesmo antes de terminar o curso.
“Estou no curso de costura há três meses. Também curso Pedagogia e Letras em Caldas. Já tinha noção de costura e sempre fazia peças para os teatrinhos da creche onde faço estágio, mas descobri que com a costura posso realmente ter uma fonte a mais de renda.” Rubiana Mizael
Embora haja muita rotatividade entre os aprendizes – mais de 30 pessoas iniciaram o curso e não terminaram nos meses iniciais do projeto, o curso já tem 10 pessoas produzindo e sendo remuneradas. A formatura da primeira turma será em breve. O prefeito de Caldas, Alexsandro Queiroz, diz que é importante sempre oferecer alternativas de profissionalização e geração de renda para as pessoas menos favorecidas. “Queremos que cada vez mais as pessoas tenham a chance de aprender uma profissão, de gerar renda para as suas famílias para que possam evoluir sem necessariamente depender do suporte do poder público”, explica ele. Alexsandro acrescenta que este foi um dos primeiros projetos iniciados por ele e que o plano é conseguir formar pequenos polos industriais de vários segmentos no município.
“Eu faço magistério, mas também quero prosseguir na prática da costura e ser profissional. Quero ter minha própria empresa de costura e continuar dando aulas. A costura me dá flexibilidade e sei que posso conciliar as duas carreiras” Angélica Ridolfi
No caso da oficina de costura, a proposta é que cada um desses profissionais constitua uma Micro Empresa Individual e assuma a responsabilidade sobre a própria renda. “Estamos na fase de constituição das primeiras empresas. O trabalho continuará da mesma forma, no mesmo local e os profissionais receberão a demanda de trabalho de acordo com a sua capacidade de produção” explica Franklin. Ainda segundo ele, a principal vantagem deste modelo de projeto, é o fato de o aluno aprender a profissão na prática e já receber demanda de trabalho sem que haja necessidade de investimento em equipamentos ou insumos para trabalhar.
“Já costurei sozinha em casa, mas fazias sempre as mesmas coisas. Com o curso, passei a ter contato com mais pessoas e aprendi mais. Quero continuar trabalhando aqui.” Elza Vidal