Crianças são destaque em Campeonato Nacional de Jiu-Jitsu
O Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu é o maior do Brasil e considerado um dos maiores e mais difíceis do mundo. Neste ano Caldas foi representada por 11 atletas do Projeto Viver é Lutar e trouxe para casa 5 medalhas. Os competidores têm na faixa de 7 a 14 anos de idade e treinam cerca de cinco vezes por semana.
Os nove dias de evento e mais de oito mil competidores do país todo não intimidou os jovens caldenses, já acostumados a participar de grandes campeonatos.
Participantes do Campeonato Nacional 2019
- Adria Larissa Silva Rodrigues – Campeã Brasileira 2019
- Larissa Souza Oliveira – Vice-campeã
- Ramsés Luccas Silva Gomes de Melo – Vice-campeão
- Luis Felipe Guimarães Rabelo – Vice-campeão por três anos consecutivos
- João Pedro Franco – Medalha de Bronze
- Nicholas Lopes de Vito
- Helena Lopes Guimarães
- Lorena Garrefa
- Paulo Sérgio Garrefa Neto
- Murilo de Souza Oliveira
- Pedro Henrique Negretto da Silva
O projeto, coordenado pelo treinador Pedro Henrique Lopes de Oliveira, o Pepê, existe desde 2013. Nos seis anos de vida, os atletas caldenses já trouxeram mais de 300 medalhas para casa. Em 2018 o grupo conquistou 58 medalhas, entre elas 3 atletas foram vencedores em campeonatos mundiais e 2 deles foram vice-campeões brasileiros.
Nos campeonatos, os atletas são categorizados por Faixa, Peso e Idade.
O Projeto Viver é Lutar recebe apoio do Caldas Tênis Clube e da prefeitura municipal de Caldas, que oferece o espaço para treinamento e subsidia o treinador e parte das viagens do time. O projeto também conta com alguns patrocínios da iniciativa privada. “Temos o custo das viagens, os quimonos e as inscrições, que variam entre R$ 25,00 e R$90,00 por atleta, dependendo do campeonato”, explica Pepê.
Atualmente o grupo tem cerca de 30 atletas de Caldas e 10 de Ipuiúna. São crianças de vários perfis sociais. O treinador explica que todas as crianças que procuram o projeto são aceitas. “Temos crianças provenientes de famílias bem estruturadas e que procuram a prática esportiva por gosto mesmo, mas tentamos trazer para o Jiu-jitsu meninos mais carentes e que precisam de ajuda”. Segundo ele, além da adrenalina que o esporte proporciona, há a questão da disciplina e, principalmente, da igualdade.
“No tatame todos somos iguais, temos o desafio da luta e condições de vencer. Isso é muito significativo na vida dos meninos que estão em formação e muitas vezes não têm o suporte familiar para aprender estes princípios”
Pepê explica que através da prática do Jiu-Jitsu, as crianças se fortalecem física e socialmente e ganham uma perspectiva muito mais positiva de vida do que teriam se permanecessem sem este estímulo. “A equipe é, como um todo, campeã, e merece todo nosso reconhecimento e apoio”, parabeniza o prefeito Alexsandro Queiroz.
As aulas do Projeto acontecem em um espaço recém-adaptado pelo grupo no andar superior do Copas e vale realmente todo o reconhecimento. Parabéns a todos!